Um comitê de experts do poderoso FDA, órgão regulador de medicamentos norte-americano, recomendou unanimemente o simeprevir para o tratamento da hepatite C crônica, genótipo 1, combinado com o Peg-Interferon e a ribavirina, em adultos com a doença hepática compensada (sem sinais de complicações), inclusiva para a cirrose! O simeprevir pode ser empregados em pacientes virgens de tratamento ou naqueles que tiveram insucesso prévio com interferon com ou sem a ribavirina. Ele está sendo produzido pela Janssen.
O simeprevir é um inibidor da protease do vírus C. A sua aprovação representará o terceiro inibidor de protease aprovado, os outros dois, já em uso no Brasil, são o boceprevir e o telaprevir. A vantagem do simeprevir parece ser uma maior facilidade de utilização, já que a dose proposta será de 150mg uma vez por dia, em combinação com o Peg-Interferon e a ribavirina. O novo remédio provavelmente será utilizado por 12 semanas. Depois o tratamento com o PEG e a ribavirina continuará por mais 12 ou 36 semanas, individualizado de acordo com a resposta do paciente.
Os resultados foram animadores:
1) Pacientes “virgens” de tratamento: 80% de cura do vírus C.
2) Pacientes que haviam sido tratados (“experientes”) e que tiveram “recidiva“: 79% de cura do vírus C.
Contudo, os pesquisadores observaram que as chances de cura foram menores nos seguintes grupos: pacientes com carga viral muito elevada; naqueles com cirrose; nos mais idosos e nos afro-americanos. Outro detalhe destacado foi que pacientes com uma variante genética, designada Q80K tinham redução nas chances de cura. Como se percebe, a tendência é uma maior individualização do tratamento, levando em conta inclusive características genéticas dos pacientes.
Em relação à segurança, verificou-se que 2% dos que usaram o simeprevir tiveram efeitos colaterais considerados sérios. Observou-se depressão e foto-sensibilidade com esse medicamento. Também foram observados: “rash” cutâneo (28%); coceira (22%) náusea (22%); sensação de estado gripal (26%). Para quem não está acostumado com os tratamentos clássicos para a hepatite C esses números podem parecer preocupantes, contudo, para os experientes, não fogem aos efeitos já costumeiros, o que é considerado um perfil de segurança “claramente favorável” conforme os experts do comitê do FDA.
Assim, o simeprevir, associado ao PEG e à Ribavirina, parece ser mais uma esperança para pacientes com hepatite C, genótipo 1. Novos estudos virão e o tempo e a experiência com o tratamento nos mostrarão a real posição que esse novo medicamento ocupará em nosso arsenal terapêutico contra o vírus C!
Sparvoli
Conheço alguém que: amanhã a meia noite terá toma 3.108 cp de boceprevir, 1.148 ribavirina e segunda :::::41 peg interferon. Fora os compr. p efeitos colaterais… abraço Prof.
Bom em persistência, bom em matemática! Força. Parabéns pela luta. Sparvoli.