Vitamina D – a poderosa

Os níveis de vitamina D variam de pessoa a pessoa, particularmente devido às diferenças na exposição aos raios solares e da cor de pele (a pele clara sintetiza mais). Estudos clínicos realizados em países do norte da Europa demonstram  diferenças de acordo com a época do ano nos valores circulantes de vitamina D. Durante o inverno a deficiência de vitamina D foi constatada em 73% da população e no verão em 29%. O uso de protetores solares reduz drasticamente a síntese dessa vitamina na pele. Fisiologicamente, a vitamina D é sintetizada na pele a partir do composto 7-dehidrocolesterol que pelo efeito estimulatante dos raios solares (radiações ultravioletas) se transforma em vitamina D3.  Pode-se obter, também, vitamina D pela ingestão de alimentos enriquecidos ou pela suplementação com a vitamina através de remédios.

Tradicionalmente, reconhecida como indispensável para a saúde dos ossos, a principal forma de vitamina D circulante é a 25(OH)D3.     A sua dosagem é utilizada para avaliar a reserva de vitamina D no organismo. Embora não exista acordo geral em relação aos seus valores  normais, em geral se aceita como deficiência de 25(OH)D3 quando a pessoa apresentar valores menores do que 20ng/dL. Com esse ponto de corte estima-se que um bilhão de pessoas tem deficiência de vitamina D em todo o mundo!

Em nossos dias, os cientistas buscam compreender melhor o papel da vitamina D na causa de diabetes mellitus, hipertensão arterial e doenças cardiovasculares. Ultimamente, relatou-se aumento da incidência de deficiência de vitamina D em diabetes mellitus tipo 1 e 2.  Estudos em  animais associam a deficiência de vitamina D com a redução da secreção de insulina pelas células β.

Outras pesquisas investigaram se a vitamina D pode proteger contra doenças crônicas ou potencialmente fatais. Nos últimos anos, muitos estudos ligaram níveis baixos de vitamina D a riscos para a saúde como doenças cardíacas, câncer (incluindo o de próstata e o de mama), artrite reumatoide e outras doenças autoimunes.  Os cientistas estão estudando até que ponto uma suplementação com a vitamina D pode, realmente, ser útil nessas situações.

Na verdade, muitas coisas interessantes cercam a vitamina D, que parece ser muito mais poderosa do que se imaginava.  Fique atento.  Novas pesquisas e notícias prometem agitar essa questão!

Saúde.

Sparvoli

Sobre Antonio Sparvoli

Médico. Gastroenterologista. Mestrado e Doutorado. Professor Titular da Fundação Universidade Federal de Rio Grande.
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